sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Projetos de Trabalho

Ao se pensar em desenvolvimento de Projetos de Trabalho, alguns momentos devem ser considerados:


Pedagogia de Projetos
Projetos de Trabalho
- Planejamento -

O Projeto deve ter um início e um fim de conhecimento de todos

O planejamento do projeto deve ser elaborado tendo-se o conhecimento dos momentos necessários em um Projeto de Trabalho. Ele deve considerar a quantidade de pessoas envolvidas e os recursos disponíveis como computadores, livros, revistas, jornais e outros, que podem variar de acordo com as particularidades de cada tema. Como todo o grupo participará da execução das tarefas, é importante que a elaboração do planejamento seja realizada coletivamente pelos participantes.



É importante elaborar, a partir do planejamento, um cronograma que contenha as fases a serem executadas e suas respectivas datas de realização e o tempo necessário para sua execução.  


 
Pedagogia de Projetos
Projetos de Trabalho
- Escolha do Tema -

 Definição dos temas dos Projetos de Trabalho

Quando se pensa em Projetos de Trabalho, uma das questões que se coloca é como se dá o surgimento dos temas. O importante não é discutir se os temas dos Projetos serão apresentados pelo educador ou pelos educandos, ou por um educando. O importante é que ele seja de interesse de todos os que nele estarão trabalhando, o que implica na possibilidade de haver vários temas de Projetos dentro de um mesmo grupo.


Outra questão que se coloca é em relação a quantos temas deverão ser trabalhados numa mesma turma. Nesse aspecto, pode-se trabalhar com um único tema para todos os educandos, ou um único tema onde cada equipe trabalha com uma particularidade, ou ainda diversos temas. Tudo dependerá das possibilidades do educador e da heterogeneidade do grupo, considerando seus interesses e características.

A identificação do tema pode ser feita por meio de dinâmicas de grupo
Para levantar com o grupo o tema a ser investigado, é necessário descobrir coletivamente o que é interessante pesquisar, construir, aprender. É o momento do educador desafiar o grupo propondo questões relevantes e cuja busca por respostas seja por meio de situações que possam gerar aprendizagem.


A princípio, qualquer tema pode ser trabalhado por meio de Projetos. Porém, sendo o eixo principal de todas as ações a Cidadania e a Informática, é interessante que o tema contribua para essa discussão e ofereça condições para o desenvolvimento da Cidadania, assim como a aquisição de habilidades na área de Informática. Nesse sentido, a informática deve ser vista como um instrumento que facilita a resolução de problemas e a execução de determinadas tarefas, mas não como um fim em si mesma.



Pedagogia de Projetos
Projetos de Trabalho
- Problematização -


Respeito à individualidade e à coletividade

Nesse momento, os educandos irão expressar suas idéias, crenças, conhecimentos e questões sobre o tema escolhido. Ao educador caberá estar sempre atento às experiências que eles trazem e às suas histórias de vida, promovendo o respeito às suas vivências e aos seus saberes revelados no local de aprendizagem.



Muitas vezes, esses saberes se baseiam num senso comum, porém é a partir deles que a mediação e intervenção do educador se efetuará.

Aproveitar a experiência social dos educandos para discutir aspectos da realidade é possibilitar o confronto entre as suas próprias visões de mundo com outras visões de mundo, efetuar trocas de experiências entre o grupo, fazer análises de suas concepções sob outros pontos de vista, provocando, assim, o questionamento de suas próprias idéias e atitudes. É uma maneira de desafiá-los a atuarem como sujeitos ativos de sua aprendizagem.  

Pedagogia de Projetos
Projetos de Trabalho
- Pesquisa, Sistematização e Produção -

Esse é o momento do grupo desenvolver as questões levantadas na fase de problematização. 

Testar, comprovar e confrontar idéias, crenças e conhecimentos faz parte do aprendizado

Nessa fase é fundamental a atuação do educador no acompanhamento do desenvolvimento do trabalho de tal forma que suas intervenções levem os educandos a confrontar suas idéias, crenças e conhecimentos com outras visões de mundo, analisando-as e relacionando-as a novos elementos.

As intervenções do educador

As intervenções do educador são no sentido de criar propostas de trabalho para além das paredes da Instituição, integrando o uso de bibliotecas, jornais, revistas, Internet, entrevistas com pessoas da comunidade e a vinda de pessoas de outros lugares para trocar idéias e experiências sobre o tema em questão. Isto é, trazer para dentro da sala outras leituras de mundo, possibilitando um outro olhar sobre a realidade, um olhar mais reflexivo, que entende o mundo como um processo em constante transformação e que é necessário compreendê-lo para poder sobre ele atuar.

A diversidade de visões enriquece as discussões

O educador contribui trazendo diferentes fontes de informações, mas é fundamental que os educandos também colaborem. A diversidade de visões traz maior riqueza às discussões e o seu confronto favorece o exercício da autonomia e da responsabilidade do educando sobre sua própria aprendizagem.

A sistematização das informações auxilia educador e educando a responderem às questões iniciais e às novas questões que surgirem no processo da pesquisa sobre o tema.
É importante que seja feita a relação entre o tema que está sendo pesquisado e um contexto sócio-político maior, de forma que as informações encontradas sejam analisadas considerando-se não só as condições locais da comunidade, como também aspectos políticos, econômicos e culturais que envolvem a cidade, o país e até mesmo o mundo. Além disso é interessante que todo esse trabalho de estudo e pesquisa se reflita em mudanças de atitudes do educador e dos educandos em relação ao tema estudado e também em ações na comunidade onde a escola parceira do CDI está inserida.
Nesse processo de pesquisa, sistematização e produção, as idéias, crenças e conhecimentos iniciais vão sendo superados ou transformados e novos conhecimentos vão sendo construídos. A informática, neste contexto, contribui como um instrumento que viabiliza a sistematização dos Projetos de Trabalho.

Pedagogia de Projetos
Projetos de Trabalho
- Divulgação -
 

 A socialização do conhecimento entre os participantes do Projeto e com a comunidade

Viabilizar a divulgação dos resultados dos Projetos de Trabalho tem como objetivo socializar o conhecimento produzido pelo grupo.
As discussões, as pesquisas e os resultados obtidos não devem ser limitados ao espaço da Instituição, pois consideramos a interação com a Comunidade importante não só por levar as reflexões para além do grupo que participa do Projeto mas, principalmente, porque é na comunidade que encontramos condições reais sobre as quais as discussões são realizadas.
Outro fator importante na divulgação dos resultados é que, ao fazê-la, damos concretude e sentido às produções do grupo, promovendo a auto-estima das pessoas e dando um significado maior às suas produções.
 
Diferentes formas de divulgação 

Existem várias formas de se divulgar os resultados dos Projetos de Trabalho: confecção e distribuição de um boletim informativo, elaboração de cartazes para serem fixados no espaço da sala de aula, na Instituição e nos espaços públicos da Comunidade, elaboração de cartas às autoridades, produção de cartões comemorativos que podem reverter em renda para o grupo que os confeccionou etc.. As possibilidades de divulgação são inúmeras e estão relacionadas à natureza do Projeto de Trabalho desenvolvido.

Pedagogia de Projetos
Projetos de Trabalho
- Avaliação -


Avaliação de todos os envolvidos no processo

A avaliação da ação pedagógica deve contar com a participação de todos os envolvidos: a instituição, a administração, a coordenação, a supervisão, o educador e o educando, tendo sempre um olhar direcionado aos objetivos propostos por cada um e aos papéis desempenhados. 

Avaliação da instituição 

A instituição deve ser avaliada tendo-se como foco principal as suas finalidades sócio-políticas. Quais são essas finalidades; como elas aparecem na sua proposta político-pedagógica e na sua prática social; como a instituição interage com a comunidade; qual a importância, para a comunidade, de existir essa instituição nesse lugar; como é a gestão da instituição, sua hierarquia, organização e participação de educadores, educandos e comunidade na tomada de decisões; qual a importância dada à formação dos educadores; como são as condições físicas e materiais que a instituição oferece. Esses são alguns questionamentos que devem ser considerados nessa avaliação. 


O educador envolvido no processo de reflexão sobre a sua prática  

O educador, ao acompanhar o desenvolvimento do Projeto, pode não só avaliar sua atuação, como também ser avaliado pelos educandos. Uma sugestão para o educador realizar sua auto-avaliação é que ele mantenha um diário de campo, anotando, no término da aula, todos os aspectos relevantes trabalhados no Projeto. As anotações devem levar em consideração os objetivos inicialmente propostos para a aula, confrontando-os com as atividades realizadas, as dificuldades encontradas, o diálogo com os educandos e entre os educandos, ou seja, tudo o que o educador considere importante para ser discutido com os educandos e mesmo com outros educadores.

Esse registro deve ocorrer em todos os encontros pois, por meio dele, o educador pode refletir criticamente sobre sua prática e, conseqüentemente, intervir para sua melhoria. 

Avaliação do educando: contempla o processo, o produto e as ações comunitárias

Em relação à avaliação do educando pelo educador, esta não deve ser utilizada como um instrumento de seleção e exclusão: deve ocorrer durante todo o processo e servir como parâmetro para o planejamento e replanejamento das atividades, tendo em vista o desenvolvimento da capacidade do educando de apropriar-se do conhecimento, levando em conta não apenas os resultados das tarefas (produtos), mas também o que ocorreu no caminho (processo). Uma das formas de viabilizar isso é sugirindo aos educandos que organizem uma pasta com todos os trabalhos que estão sendo realizados.

Observar mudanças de atitude durante o desenvolvimento dos Projetos e seus reflexos na comunidade também é um importante aspecto da avaliação.


Ao valorizar não apenas o produto do seu trabalho na sala, mas também toda a sua atuação no processo de construção de conhecimento e nas suas propostas de intervenção na comunidade, os educandos passam a ser co-responsáveis pela sua aprendizagem, pela sua reflexão sobre cidadania e pelas suas ações enquanto cidadãos.

Porém, a avaliação do educando não necessariamente tem de ser feita só pelo educador, o próprio educando pode se auto-avaliar considerando sua atuação e desenvolvimento no processo educativo.

O erro como um elemento
Quanto ao erro, este assume um outro significado que não o de motivo para punição. Ou seja, possibilita que educador e educandos, a partir da reflexão sobre os erros, transformem-os em uma situação de aprendizagem e num  parâmetro para definir novas intervenções do educador.


 

Temas de Projetos

Pedagogia de Projetos
Temas de Projetos

Para cada ferramenta computacional elegemos uma questão desencadeadora que se desdobra em um eixo temático principal e outro complementar.



O eixo temático principal detalha todas as fases de desenvolvimento de projetos e dá algumas sugestões sobre a abordagem da ferramenta computacional. Já no eixo temático complementar, detalhamos apenas as fases de desenvolvimento de projetos, entendendo que os educandos já estão familiarizados com o uso da ferramenta computacional e que agora estarão aplicando seus conhecimentos, tirando dúvidas, revendo conceitos. O papel do educando, nesse segundo momento, é de organizar o grupo em torno das discussões propostas e as novas que surgirem e auxiliar os educandos a desenvolverem seus trabalhos.



Os eixos temáticos têm em comum a reflexão sobre Cidadania, partindo da percepção do homem como cidadão até sua inserção no contexto global. É a partir de uma discussão em torno da questão desencadeadora e do eixo temático que surgirão os temas que cada grupo irá definir e desenvolver dentro de seus Projetos de Trabalho.
Ferramenta Computacional
Questão desencadeadora
Eixo Temático
Cidadania
Principal
Uma leitura do mundo
Principal

Complementar
O Homem e suas relações econômicas
Principal

Complementar
O Homem e suas relações culturais
Principal
Complementar
O Homem e suas relações de trabalho
Principal
Complementar
O Homem nos espaços da Comunidade
Principal
O Homem e a Comunidade no espaço global
Principal

 

Pedagogia de Projetos
Conclusão

Apesar de definidos os momentos de desenvolvimento de um Projeto de Trabalho, eles têm de ser considerados como parte de um processo contínuo, sujeito a mudanças e recontextualizações de acordo com as necessidades que surgem no grupo durante a sua execução: jamais poderão ser reduzidos a uma lista de objetivos e etapas estanques a serem seguidas passo a passo. O planejamento deve ser suficientemente flexível para incorporar as modificações que se façam necessárias no decorrer de seu desenvolvimento.




Por trás do Trabalho com Projetos existe uma postura pedagógica que reflete uma concepção de conhecimento como produção coletiva, onde a experiência vivida e a produção cultural sistematizada se entrelaçam, dando significado à aprendizagem.




Os conteúdos, as habilidades, a criatividade, por serem trabalhados em um contexto que dá a eles significado, são construídos de forma que os educandos não os vêem como compartimentos fechados do conhecimento, utilizáveis apenas na situação discutida em sala de aula. Ao contrário, essa metodologia possibilita aos educandos estabelecer relações em outras situações a partir do conhecimento apreendido, habilidade extremamente necessária e valorizada na sociedade atual.

Referência Bibliográfica

AFONSO, Almerindo Janela. Sociologia da Educação Não-Escolar: Reactualizar um objeto ou construir uma nova problemática? In: ESTEVES, A. J. e STOER, S.R. (orgs.) A Sociologia na Escola. Porto: Biblioteca das Ciências Humanas, 1992.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo (SP): Paz e Terra, 1996.


FREIRE, Paulo. "A constituição de uma nova cultura política". Villas-Boas, R. e Telles, D. S. Poder Local, Participação Popular, Construção da Cidadania. São Paulo (SP), Instituto Cajamar, Instituto Pólis, FASE e IBASE, 1995.

GOHN, Maria da Glória. Educação Não-Formal e Cultura  Política: Impactos sobre o Associativismo do Terceiro Setor. São Paulo: Cortez, 1999.

HERNÁNDEZ, Fernando & VENTURA, Montserrat. A Organização de Currículo por Projetos de Trabalho. Porto Alegre, RS: Artmed, 1998. 

KAUCHAKJE, Samira. Igualdade e Diferença: Falso dilema no campo dos direitos. In: QUEVEDO, Antonio A. F. et all. Mobilidade de Comunicação: Desafio à Tecnologia e à Inclusão Social. Campinas, SP: Unicamp, 1999.

MADEIRA, F. R. e RODRIGUES E. M.. Recado dos Jovens: Mais Qualificação in Jovens Acontecendo na Trilha das Políticas Públicas. Brasília: CNPD, 1998, Volume II.

MARSHALL, T. H. Cidadania, Classe Social e Status. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 1967.

SEVERINO, Antônio Joaquim. A escola e a construção da cidadania. In: SEVERINO, A.J.; MARTINS, J. S.; ZALUAR,A. et all. Sociedade Civil e Educação. Campinas, SP: Papirus: Cedes; São Paulo: Ande: Anped, p.9-14, 1992.

SILVA, Tomaz Tadeu da: O currículo como Fetiche: a Poética e a Política do Texto Curricular. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

Bibliografia Complementar

Cidadania e Trabalho:

CHINELLI, Filippina. O projeto pedagógico das escolas de samba e o acesso à cidadania – o caso da Mangueira. Cadernos Cedes, n. 33, p.43-74, 1993. 

LEITE, Lígia Costa. Referências culturais e a construção da escola. Cadernos Cedes, n. 33, p.75-86, 1993. 

Educação, Currículo e Sociedade:

FREIRE, Paulo: Professora sim, Tia não - Cartas a Quem Ousa Ensinar. São Paulo: Olho d’água, 1997.

 GIROUX, Henry A. "Educação social em sala de aula: a dinâmica do currículo oculto". In: Os Professores como Intelectuais: Rumo a uma Pedagogia Crítica da Aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
Pedagogia de Projetos: 
HERNÁNDEZ, Fernando. Os Projetos de Trabalho e a necessidade de transformar a escola (I e II) In Revista Presença Pedagógica nos. 20 e 21, mar/abr 1998 e mai/jun 1998.  
LEITE, Lúcia Helena Alvarez. Pedagogia de Projetos - intervenções no presente In Revista Presença Pedagógica no. 8, mar/abr 1996.  
LEITE, Lúcia Helena Alvarez. A Pedagogia de Projetos em Questão In Reflexões sobre a Prática Pedagógica na Escola Plural, 1995/1996.  
ALMEIDA F. J. & JÚNIOR F. M. F.. Aprendendedo com Projetos. Coleção Informática para a Mudança na Educação, MEC, Secretária de Educação à Distância. Brasília, DF: 1999. 
Ferramentas Computacionais: 
CYCLADES. Guia Internet de Conectividade, 2º edição, São Paulo (SP): 1996.
GONICK, L. Introdução Ilustrada à Computação. São Paulo, SP: 1984, Editora Harper & Row do Brasil Ltda.
SuperLogo (manual). SuperLogo para Windows versão 1.0, Núcleo de Informática Aplicada à Educação, NIED/ UNICAMP. Campinas, SP: 1996.
SuperLogo (software). SuperLogo para Windows versão 3.0, Núcleo de Informática Aplicada à Educação, NIED/ UNICAMP. Campinas, SP: 1999.
VALENTE, J. A. (coord.). FREIRE, F. M. P.; MARTINS M. C.; PRADO, M. E. B. B. e SIDERICOUDES, O. (orgs.). PROGRAMA de EDUCAÇÃO CONTINUADA – Informática. Núcleo de Informática Aplicada à Educação – NIED/UNICAMP. Campinas, SP: 1998.
VALENTE, J. A. (coord.). ROPOLI, E. (org.) Oficinas de Informática: Introdução a Informática, Editor de Textos Word, Editor de Planilhas Excel, Editor de Banco de Dados Access. NIED Núcleo de Informática Aplicada à Educação / CNM Confederação Nacional dos Metalúrgicos / CUT Central Única dos Trabalhadores. Programa Integrar. São Paulo, SP: 1999.
VALENTE, J. A. (coord.). SIDERICOUDES, O. (org.). Aplicativos e Utilitários no Contexto Educacional. Vols. I , II e IV. Núcleo de Informática Aplicada à Educação – NIED/UNICAMP. Campinas, SP: 1999.
Revista INFORMÁTICA EXAME
Jornal FOLHA DE SÃO PAULO
PÁGINAS NA INTERNET: www.cdi.org.br www.nied.unicamp.br www.aisa.com.br www.ccuec.unicamp.br www.compaq.com www.intel.com.br www.cepain.com.br www.reitoria.ufmg.br www.logo.com 

 

Pedagogia de Projetos

Pedagogia de Projetos 
Introdução Pedagogia de Projetos e a resignificação dos espaços de aprendizagem

A Pedagogia de Projetos surge da necessidade de desenvolver uma metodologia de trabalho pedagógico que valorize a participação do educando e do educador no processo ensino-aprendizagem, tornando-os responsáveis pela elaboração e desenvolvimento de cada Projeto de Trabalho. Os Projetos de Trabalho contribuem para uma resignificação dos espaços de aprendizagem de tal forma que eles se voltem para a formação de sujeitos ativos, reflexivos, atuantes e participantes (HERNANDEZ, 1998). Conhecer a realidade, refletir e intervir: trabalho coletivo de educador, educando, instituição e comunidade Acrescentamos a essa metodologia uma reflexão sobre a realidade social, orientando os Projetos de Trabalho para uma reflexão sobre as condições de vida da comunidade que o grupo faz parte, analisando-as em relação a um contexto sócio-político maior e elaborando propostas de intervenção que visem transformação social (FREIRE, 1997). Os Projetos de Trabalho permitem uma aprendizagem por meio da participação ativa dos educandos, vivenciando as situações-problema, refletindo sobre elas e tomando atitudes diante dos fatos. Ao educador compete resgatar as experiências do educando, auxiliá-lo na identificação de problemas, nas reflexões sobre eles e na concretização dessas reflexões em ações. Desenvolvimento de Projetos em torno de temas definidos coletivamente e a partir da realidade dos educandos Os temas gerais dos projetos, seus conteúdos específicos e a maneira como eles são desenvolvidos não devem ser propostos apenas pelo educador ou por pessoas que não estejam diretamente envolvidas no trabalho. Trata-se de uma ação coletiva envolvendo educador, educando, instituição e comunidade. A escolha dos temas e dos conteúdos específicos a serem trabalhados é de responsabilidade de todos e deve ser pensada de forma a contemplar a realidade do educando, a sua cultura e remeter a uma reflexão sobre Cidadania, gerando ações de intervenção social passíveis de serem viabilizadas. O educando é um sujeito ativo do processo de aprendizagem. O educando traz consigo uma história de vida, modos de viver e experiências culturais que devem ser valorizados no seu processo de desenvolvimento. Essa valorização se dá a partir do momento em que ele tem a oportunidade de decidir, opinar, debater, construir sua autonomia e seu comprometimento com o social, identificando-se como sujeito que usufrui e produz cultura, no pleno exercício de sua cidadania. Daí a importância de sua participação no desenvolvimento do Projeto de Trabalho desde o seu início. Conteúdos específicos são necessários no processo de formação. Simultaneamente a essa preocupação com a escolha do tema, deve-se lembrar que existem conteúdos específicos de informática para serem desenvolvidos paralelamente aos temas e que são necessários para o processo de formação. Desenvolvimento de módulos de aprendizagem para solucionar problemas concretos que surgem no desenvolvimento do trabalho O planejamento do Projeto de Trabalho deve prever que conteúdos específicos de informática serão trabalhados ao longo do processo de formação. À medida em que esses vão se tornando necessários, deverão ser criados os módulos de aprendizagem, que requerem uma pausa na elaboração do Projeto de Trabalho. Nessa pausa, os conceitos dos conteúdos específicos de informática serão trabalhados e em seguida incorporados ao Projeto em andamento. Por exemplo: um grupo desenvolve um Projeto de Trabalho sobre o lixo e detecta a necessidade de construir uma tabela para fazer um levantamento da quantidade de lixo produzida durante um mês por uma determinada família. Se esse grupo não souber usar a ferramenta computacional para construir uma tabela, esse é o momento de fazer uma pausa no Projeto de Trabalho e realizar um módulo de aprendizagem cujo conteúdo será a elaboração de tabelas usando a ferramenta computacional. Realizado esse módulo, o novo conteúdo será imediatamente incorporado ao Projeto de Trabalho, possibilitando uma aprendizagem que dá significado à técnica por relacioná-la a um contexto, em vez de se limitar a situações fictícias.

UNIDADE 8 - RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS ELETRONICOS


Nessa unidade tivemos o desafio de aprender as planilhas eletrônicas... foi mais tranqüilo do que eu imaginei, pois vocês já estão dando conta de se virarem sozinhas...
Ao preparar as fórmulas, deixei nas mãos de vocês a oportunidade de estarem tentando descobrir como as utilizarem sozinhas... e teve muita gente que se superou... isso é que o legal de toda essa história...além da inclusão a superação....
Então o que parecia um bicho de sete cabeças... ficou com uma aparência menos assustadora... vocês já estão até conversando com ele, “o bicho”...risos... e sei que conseguem até entendê-lo muito melhor agora.
Essa unidade foi rápida, tranqüila e gostosa de passar... ao final a gente fez um fórum, onde pudemos expressar nossas idéias sobre como essa ferramenta pode ser usada na nossa escola, tanto na gestão dos processos administrativos quanto no cotidiano e qual a importância pedagógica das planilhas eletrônicas.
Obrigada pela oportunidade de trabalhar junto com vocês...por esses 3 meses.
Abraço carinhoso

Camila Sanches
 Formador Proinfo

UNIDADE 7 - SLIDES DIGITAIS NA ESCOLA




Vocês estão ficando muito melhor que a encomenda... as apresentações dos projetos de aprendizagem ficaram bárbaras... e também as aulas utilizando a ferramenta.
Foi muito legal aprender junto a utilizar o site slideshare, porque pra mim também foi uma novidade... viu meninas... eu também aprendo e aprendo muito junto com vocês.
Fizemos um debate bastante colaborativo, onde questionamos porque e como devemos usar as apresentações de slides na escola... aproveitando esse debate, postamos no fórum nossas idéias a respeito.
As aulas que vocês criaram à partir da ferramenta apresentação de slides, ficaram bem legais... continuem usando, sempre essa ferramenta, de modo que as aulas de vocês...fiquem cada vez mais interessantes e participativas.
Bjins
Camila Sanches
Formador Proinfo

UNIDADE 6 - COOPERAÇÃO PRESSUPÕE DIÁLOGO






Opa ...começamos a unidade 6 já com um desafio novo... e uma experiência bastante participativa e “light” ... o bate papo...
Minhas cursistas... ficaram bem a vontade com a ferramenta, muitas já tinham idéia de como usar porque já haviam experimentado o MSN.
A novidade foi boa e bastante proveitosa.
Nosso próximo passo foi o E-mail...show de bola... participação de pelo menos 98% das cursistas... todas me enviaram e-mail e receberam atividades para casa por meio desta ferramenta. Fi quei muito feliz com o resultado... sinal que estão progredindo dia após dia.
O blog das meninas estão ficando bem completos... com postagens e páginas novas semanalmente. Nesta semana a nossa postagem foi sobre Ciberativismo e sobre a segurança das crianças na rede, segundo o site proposto pelo conteúdo do curso.
Recebi e-mails também das meninas falando sobre SPAMS e sobre Lista de Discussão... percebi que elas se empenharam para fazer...
Fizemos uma mesa redonda para estudarmos as redes sociais, e aprendemos um pouco sobre o Orkut, twitter, facebook  e para fecharmos o nosso bate papo, falamos sobre netqueta.
Vocês estão ficando muito “internautas” meninas...e isso é muito bom...espero que continuem utilizando as ferramentas que aprenderam no Proinfo, ao longo dos anos, nas suas vidas particular e principalmente na sua atuação profissional.
Super beijo

Camila Sanches
Formador Proinfo

UNIDADE 5 - COOPERAÇÃO OU INTERAÇÃO NA REDE




Olá seguidores... na unidade 5 tivemos um diálogo super forte sobre o texto O computador vai substituir o professor... depois de todos colocarem suas idéias e debaterem, nós fizemos um fórum para colocar a palavra que sintetizasse a idéia central do texto.
Todos “cooperaram”... e gostaram de aprender sobre cooperação na rede, foi bastante produtivo nosso encontro.
Eu como sou fã de carteirinha da Wikipédia, gostei muito da unidade, pois mostrou as claras se devemos ou não confiar no conteúdo da Wiki, e como podemos ajudar na construção de novos verbetes, colaborando assim em rede.
Uma outra etapa da unidade, era aprender a colocar vídeos no blog, então a gente podia pesquisar no youtube, e foi bem bacana essa experiência em grupo, pois todos acabaram envolvidos com seus temas e ninguém se dispersou diante de tantas oportunidades de vídeos do youtube.

Foi muito legal essa unidade também... e percebo que apesar de alguns não estarem participando 100 por cento das atividades, de contra partida tenho cursistas que estão se descobrindo na era da internet.
Beijos... e parabéns a essas pessoas que se inscreveram no curso e realmente estão aproveitando nosso tempo junto... 


Camila Sanches
Formador do Proinfo